sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Sublime poesia

Sublime poesia,
Vai encontrá-la em seu sono,
Em seus sonhos,
Dormindo em seu domínio único,
onde ela pode ser livre,
De todos os seus fardos,
De toda aquela carga,
Que repousa,
Neste breve momento,
Distante de seu corpo.

Vai, minha poesia,
pousa silente sobre o seu
travesseiro,
Ao lado de sua beleza dormente,
Rente aos seus cabelos coloridos,
De uma cor ímpar, viva e dourada,
Contrastante a esse mundo cinzento.

Chega mais perto, minha poesia,
Como um daqueles anjos bondosos,
Que cuidam das crianças,
E que, num sussurro cantado,
Faça chegar ao mais fundo canto,
De sua alma-menina,
A mensagem que minhas mais eloquentes palavras,
Nunca foram capazes de levar.

Diga a ela, minha poesia,
Que não há minuto em minha vida,
Que não há célula em minha carne,
Que não há centelha em meu viver,
Que não há papila em meu paladar,
Que não há nota em meu escutar,
Que não há nada em meu ser,
Que não clame por um momento,
Livre, real e verdadeiro,
De simplesmente sentir,
O hálito de seu viver.

Diga, silenciosamente, minha poesia,
Tão alto que ninguém mais possa ouvir,
Tão colorido que ninguém mais possa ver,
Tão saboroso que ninguém mais possa provar,
Tão tocante que ninguém mais possa sentir,
O que ouço,
O que vejo,
O que provo,
O que sinto
Por essa mulher,
Por essa única mulher,
Que, sem saber,
Sem querer,
Tornou-se a melhor parte de mim!

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