terça-feira, 16 de agosto de 2011

Não me pergunte porque te amo

Não me pergunte porque te amo.
Não sei porque.
Não quero entender o porquê.
Além do meu entender,
Se estende o meu amor por você, por terras incógnitas,
Por paragens desconhecidas,
Em águas nunca dantes navegadas.
Por territórios não explorados de minha existência,
Sem mapas ou guias,
Sem norte ou rumo.
Assim se expande meu amor por você.
Muito além dos horizontes que imaginei eternos, conhecidos e sólidos.
Muito mais profundo do que meus mergulhos cotidianos,
Muito mais alto que meus vôos da razão.
Não me pergunte por que amo tanto você.
Quem sabe dele não me diz um única palavra,
Quem sabe desse amor incontido é o continente da minha carne,
O repositório da minha vida que se recusa a dizer o porquê,
Por mais que escute essa pergunta.
Sabe por quê?
Porque ele sabe, na sua mudez, na sua verdade não manifesta, a razão do meu amor por você.
E na sua sabedoria não tem porque me dizer,
Que não tenho porque saber,
O que sei, o que sempre soube, mais que tudo, para muito além de mim,
Que amo você.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nao fique bravo. Quero te desejar saúde e alegrias. Agradecer esse lindo texto também, é muito comovente.Tudo de bom.