quinta-feira, 11 de julho de 2013

Universo como simulação. Uma ideia estúpida.

A razão de o universo não ser uma  simulação é por demais simples e óbvia.
Podemos especular sobre as dimensões necessárias do simulador, seu consumo de energia e sua construção e empurrar a questão para a esfera metafísica onde o problema da existência do simulador se torna um problema maior do que a existência do universo.
Mas temos uma prova mais ordinária de que o universo não é uma simulação, como segue:

O valor irracional do número Pi, 3,1415926... em nosso universo é uma prova de quem não vivemos em uma simulação. Todas as simulações que temos sido capazes de produzir sempre limitam o número de casas depois da vírgula de acordo com a capacidade de processamento (ponto flutuante).
A precisão é necessária para a simulação e esta deve ser, portanto, finita, bem definida. Deve ser delimitada.
Nenhum sistema que assume o número Pi com seu valor infinitamente irracional, com suas infinitas casas decimais (casas depois da vírgula), pode ser computável.
O universo não é uma simulação.
Ponto.

Um comentário:

Marcio Brito disse...

Embora o argumento sobre o valor irracional do número Pi seja interessante, ele não necessariamente prova que o universo não é uma simulação. É importante lembrar que as simulações criadas pelos seres humanos são limitadas por nossa tecnologia atual e capacidade de processamento. Não podemos presumir que uma civilização avançada com tecnologia além da nossa não seria capaz de criar uma simulação com um nível de precisão muito maior, incluindo valores aparentemente irracionais como o Pi.

Além disso, nosso conhecimento atual sobre o universo é limitado e em constante evolução. Podemos estar sujeitos a leis físicas e matemáticas que ainda não descobrimos ou compreendemos completamente. Assumir que a natureza do universo é restrita pelas simulações que somos capazes de criar hoje é uma suposição audaciosa.

A questão da existência de simuladores também pode ser abordada de uma perspectiva mais filosófica. Se estamos em uma simulação, a própria natureza da realidade pode ser radicalmente diferente do que percebemos, e nossa compreensão do tempo, espaço e existência pode ser profundamente desafiada.

Em resumo, embora o argumento sobre o valor irracional do número Pi seja uma observação intrigante, é importante reconhecer que nossa compreensão da tecnologia e da natureza da realidade está em constante evolução. A questão de se o universo é ou não uma simulação permanece aberta a debates e discussões, e é fundamental manter uma mente aberta e considerar várias perspectivas.